Da Guerra Civil na França
Estamos quase lá.
Não da maneira antiga, proletariado versus burguesia na questão social, mas a escória de baixo aliada à escória de cima contra a França da maioria do povo, metodicamente perseguida desde os anos 1980, os anos Mitterrand da esquerda do PS.
A França perseguida econômica, étnica e culturalmente pelo globalismo da desindustrialização, do imigrantismo e da subcultura americana… Essa ideologia antifrancesa foi promovida e imposta nos últimos 40 anos por nossas próprias elites; elites invertidas, ilegítimas e parasitárias que, como a escória de baixo agora em ação em nossas ruas, também passaram a saquear nossa economia produtiva, principalmente por meio do caso Alstom…
Passemos rapidamente ao evento desencadeador, que é ao mesmo tempo triste e estrutural: uma pequena bandalheira etnológica – 17 anos de idade, sem dúvida sem autoridade paterna e já um delinquente empedernido – acaba morta por balas policiais, no caos da ilegalidade e da delinquência em que se transformaram esses “bairros”, onde há décadas reinam o caidato e o indigenato, com o apoio das autoridades…
É um triste fato da vida, uma inevitabilidade estatística imediatamente transformada em um caso Floyd no estilo americano, com os mesmos agitadores por trás, os mesmos manipuladores obscenos e irresponsáveis: da gangue Traoré ao Presidente da República – estipulado pelo mesmo poder bancário, a propósito – por meio de uma esquerda que, desde os anos de esquerda, escolheu seus heróis entre os delinquentes – da marginália étnica aos black blocs pequeno-burgueses – em uma tentativa de fazer as pessoas esquecerem seu abandono dos trabalhadores…
Daí essas cenas de tumultos e saques, de destruição de propriedade pública que não têm mais nada a ver com uma luta social legítima, enquanto nenhuma reação desse tipo ocorre quando a vítima é da comunidade francesa majoritária, quer estejamos falando dos Coletes Amarelos mutilados pelos mesmos policiais sob ordens, ou dos pobres nativos residuais que sofrem o ódio racial cada vez mais descarado das mesmas pessoas que agora estão incendiando nossos subúrbios.
40 anos de padrões duplos, em que a expressão do sofrimento e da raiva de um povo que não está mais em casa é rotulada como recuperação ou até mesmo “separatismo de ultradireita” por todas as forças no poder – basta pensar que um patriota como eu é forçado a viver no exílio na Suíça quando delinquentes estão correndo pelos ministérios e pelas ruas! – enquanto a escória é sistematicamente desculpada em nome da fraude antirracista ou de uma pseudo luta social que, na realidade, é puramente comunitária…
E mesmo que hoje, nessa situação de pré-guerra civil, a urgência seja tratar os efeitos, também não há dúvida de que, quando se trata das causas, devemos nos contentar com o discurso de Éric Zemmour reduzido à questão religiosa. Esses delinquentes bárbaros são muito mais as criaturas do SOS Racismo, cujo objetivo sempre foi – como Jean Baudrillard apontou em comparação com o SOS Baleia – salvar e promover o racismo, tão pouco francês quando pensamos no modelo social israelense e, de modo mais geral, anglo-saxão, a fim de servir ao poder de uma minoria dividindo e governando, mesmo que isso signifique destruir o país. E aqui estamos nós.
E não vamos esquecer a covardia dos atores políticos da direita – com exceção de Jean-Marie Le Pen – todos submissos e aterrorizados pelo famoso raio paralisante mencionado por Jean-Luc Mélenchon em um de seus raros momentos de lucidez!
Como digo e reitero aqui, toda essa porcaria neoliberal e comunitária não vem fundamentalmente nem do Magrebe, nem da África, nem do Islã – uma religião de ordem e moralidade que leva ao respeito pela autoridade em outros lugares – mas dessa América do Grande Capital e da segmentação racial, sexual e geracional que hoje dá origem ao delírio woke, à cultura do cancelamento e ao LGBT. Essa ideologia totalitária, pseudoprogressista e antitradicional, imposta pelo globalismo, vem destruindo gradualmente a França, sua economia, sua cultura e sua maneira de viver juntos desde maio de 68…
Poderíamos continuar com a ladainha das causas, sentindo prazer em ter tido razão por tanto tempo, e a que preço, na Égalité & Réconciliation – uma associação para a reconciliação nacional entre a esquerda do trabalho e a direita dos valores – que há tantos anos vem propondo as soluções morais e viris que poderiam ter evitado o caos terminal no qual a França está afundando…
Mas hoje, diante da urgência e das evidências, quero reformular o apelo que fiz há alguns dias no segundo Congresso Nacional Cidadão, onde, pela primeira vez, patriotas sinceros tiveram a coragem de me convidar, sem se preocupar com as críticas e os anátemas, enquanto tantos outros supostos defensores da nação estão usando a maior parte de sua energia para expurgar suas próprias fileiras para agradar àqueles que os perseguem e neutralizam suavemente; ou seja, a emasculação da FN na RN!
Como eu disse neste breve discurso improvisado, chegou a hora para o CNR, de um novo Comitê Nacional de Resistência de todos os patriotas, que devem deixar de lado seus egos, suas estratégias de butique e suas diferenças de detalhes, para se comprometerem com uma plataforma comum, com uma luta comum para salvar a França, como nos dias em que a união sagrada era necessária para expulsar os ocupantes e os colaboracionistas!
Esse trabalho é um pré-requisito para uma Libertação que também terá de se aliar, como no passado, às potências externas que estão travando essa mesma luta contra o globalismo e pela civilização, particularmente na Ucrânia… Mas esse é outro capítulo, voltaremos a ele!
Eis minha conclusão, a única válida, dada a gravidade da situação: união sagrada de todos os patriotas para defender nossa França, a França da comunidade majoritária oprimida; salvar uma França mártir à beira da implosão sob as tenazes mortais da escória de baixo e da escória de cima, todas perfeitamente identificadas.
Coragem, unidade e ação!
Fonte: Égalité & Réconciliation
Tradução: Nova Resistência